sexta-feira, 26 de julho de 2013

"A Força do homem e a debilidade de Deus"


Por mais que o homem avance científica e tecnologicamente, a natureza sempre há de ser uma fonte de surpresas. Uma das coisas que mais impressiona o homem é a força da natureza.
O que é a força do homem em comparação a um furacão, a um terremoto, a um vulcão?

Qual é a força do homem?     
O que pode um homem contra um furacão? Um vulcão? Um raio?! Um pesquisador da National Geographic, ao fazer uma filmagem teve seu ombro fraturado pela calda de um filhote de baleia, que bateu nele “de leve”.
O que aconteceria a um homem que levasse o coice de uma girafa?
O que aconteceria com alguém que quisesse medir forças com um tigre?
O homem, enquanto força física, nada pode contra essas forças da natureza!
Entretanto, Deus deu para o homem uma força que não deu à natureza. Não vamos falar aqui da inteligência com a qual o homem foi dotado por Deus,  e que o coloca acima de toda a criação material.


A força e o poder da oração
 
    
A principal força do homem resume-se nesta frase de São Pedro Julião Eymard: “A oração é força, é a própria ação de Deus. Quem reza, dispõe do poder divino.” A afirmação não é pouca, pois Deus é todo-poderoso!
Isso não quer dizer que o homem, rezando, torna-se onipotente, mas significa que ele pede o auxílio de Deus que é todo-poderoso e que nunca nega o ajuda que se Lhe pede.
O homem ao rezar, tem a confiança de ser atendido, pois o próprio Nosso Senhor
Jesus Cristo afirmou:
 
“Todas as coisas que pedirdes com fé na oração, a obtereis” (Mt 21, 22). “Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, Eu o farei, para que meu Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei” (Jo 14,13-14). “Em verdade, em verdade vos digo que se pedirdes a meu Pai alguma coisa em meu nome,"Ele vô-lo dará" (Jo 16, 23).
Estas citações nos fazem entender melhor a frase acima citada de São Pedro Julião Eymard.

A força e o poder da oração de São Bento
    
Assim como vimos alguns exemplos de forças da natureza, vejamos alguns que nos mostram o poder e a força da oração.
Conta-se na vida de São Bento que um dia seus monges tentavam remover uma pedra para a construção do Mosteiro no Monte Cassino. Por maiores que fossem os esforços, não obtinham o menor resultado. Chamaram então a São Bento que, ao chegar no local, viu que de fato, a pedra era muito pesada, mas que além disso, havia um demônio sentado nela, que impedia que fosse movida. Então, São Bento começou a rezar. Ao terminar a curta, mas fervorosa oração, disse:

— Tentem removê-la agora.

Não só o demônio saiu de cima da pedra, como esta ficou tão leve que os monges puderam levantá-la sem fazer muito esforço.
Em outra ocasião, São Bento, estando com seus monges em Subiaco, viu que uma pedra que se destacara da montanha iria cair em cima de um monge. Neste momento, São Bento, erguendo a voz disse:
— Ruppe, non dagnare fili mei! -- Rocha, não machucai o meu filho!
E imediatamente a pedra parou!
 


A vitória de São Tiago de Nísibis
Pelo ano de 325 da era cristã, o terrível Rei da Pérsia, Sapor II reuniu numerosíssimo exército. Além de ser composto por milhares de guerreiros, haviam 32 elefantes guarnecidos com couraças. Cada um desses elefantes levava sobre seu dorso uma pequena torre de madeira, na qual instalavam-se o condutor e mais 3 arqueiros. Centenas de homens montavam cavalos ou camelos de guerra. Havia
mesmo tigres presos em correntes para serem lançados contra quem Sapor II quisesse dominar. Em sua marcha vitoriosa pela Mesopotâmia, Sapor II quis conquistar a
cidade de Nísibis. Grande foi o desespero de seus habitantes quando viram-se cercados por esse
formidável exército. Era impossível oferecer qualquer resistência, pois a cidade não possuía homens que a pudessem defender. Vivia ali, um Bispo da Santa Igreja, São Tiago.

Tendo erguido o cerco contra a cidade, Sapor II ordenou que o povo de Nísibis se rendesse. Todos sabiam que grande era a crueldade com que Sapor II tratava os vencidos, ainda que não tivessem oposto resistência. Portanto, não havia esperança de salvação.
São Tiago subiu nas muralhas que cercavam a cidade e quis falar com o Rei Sapor II, que comandava pessoalmente as suas incursões. Este não esperou as palavras do
Bispo de Nísibis, e já foi intimando-o a render-se sem condições.
O Santo Prelado respondeu que a cidade não se renderia em hipótese alguma, e que o melhor seria que Sapor II e todo o seu exército se marchasse dali.
Indescritível foi a fúria do Rei Persa, que imediatamente deu ordem ao exército que se colocasse em ordem de batalha, e que atiçassem os elefantes de guerra. Fez
isso, a fim de impressionar a São Tiago. Acrescentando logo em seguida que dentro de uma hora a cidade seria devastada!
São Tiago tornou a repetir que o mais prudente era o exército recuar, e isso fez com que todo o exército começasse a zombar do homem de Deus.
Em seguida, São Tiago subiu a uma torre e com os braços erguidos rezou, implorando a salvação que só poderia vir de Deus. Não havia terminado sua oração, quando viu descer do céu sobre o exército de Sapor II um enxame de moscas!
Inimaginável foi a confusão causada por aqueles simples insetos. Entrando pelas trombas dos elefantes, ou zumbindo nos ouvidos dos homens, tigres, cavalos e camelos, a todos espalharam o desespero! Tal era seu número que homens e animais viam-se praticamente envolvidos por eles. Os elefantes, os mais visados pelas moscas, levantavam-se sobre as patas traseiras, derrubando as torres. Alguns paquidermes caiam no chão, derrubando a outros e causando grandes danos para o exército. Não tardou o momento em que cada um correu para o seu lado. Os tigres urravam e com isso aumentava a agitação dos cavalos e camelos, que por sua vez esmagavam os soldados caídos ao chão.
Alguns homens, quase enlouquecidos pelas moscas, começaram a querer espantá-las com espadas, lanças e escudos, que acabavam por atingir seus próprios companheiros. Em pouco menos de cinco minutos, o terrível exército de Sapor II entrou em debandada geral, derrotado por um enxame de moscas! Na verdade,
vencido pela força e pelo poder da oração de São Tiago de Nísibis!
Aqui foram apresentados alguns exemplos de como a oração feita com fé tem força.
Terminamos repetindo a frase de São Pedro Julião Eymard, para que ela se grave profundamente em nossas almas:
“A oração é força, é a própria ação de Deus. Quem reza, dispõe do poder divino.”
Só nos resta fazer uma última, e importantíssima observação:
Se quisermos que nossa oração seja revestida de uma incrível força, peçamos sempre a intercessão de Nossa Senhora, pois Ela é, segundo diz São Luís Maria Grignon Montfort “o caminho mais fácil, seguro e rápido para chegarmos até Jesus”. É também através da oração que obtemos tudo quanto precisamos.
 
“Todas as coisas que pedirdes com fé na oração, a obtereis” (Mt 21, 22).
 
 
Assim sendo os Arautos do Evangelho, promoveram nestas férias escolares, um curso com o tema: "A Oração".
Os Jovens participantes, oriundos de diversas cidades de nosso Brasil e também várias nações, tiveram oportunidade de aprenderem mais sobre a Oração Dominical, ou seja o Pai-Nosso, a Ave-Maria, a Salve Rainha, e sobre a importância e a necessidade da oração. As palestras foram encenadas por teatros, que marcaram profundamente a todos os participantes. Por exemplo num dos dias foi representada a história de São Domingos, e sobre a devoção ao Santo Rosário. Ou então a comovente história do "Príncipe Miguel", um pequeno rei ,que após seu pai ter partido para terras longínquas, para uma missão, passa o pequeno infante a governar o reino. Mas sua vida neste período é cheia de dramas e provação, que só se resolvem com muita confiança e oração.  

"A oração é a força do homem e a debilidade de Deus" (Santo Agostinho)
 

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